quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Paraíso Insólito


Precisa e elaborada imagem lírica
desenho traçado geométrico transfigura latente
Representação das imersões profundas
transmuda e inaugural silêncio das imaginações celebradas
Intensidade compulsiva a chispa elétrica dos olhares biológicos
Sensualidade de acepções mitológicas
sinal escrito na areia destino das metamorfoses vãs
Céu de status coroam as colinas inesperada sensação íntima confluente
que o espelho o corpo transcende
Inatingível exercício contemplativo empírico inalterado
cuja boca seca delira substancial
Lábios nus como um reclamo agudo inerente aberto ao degelo
vênus escorre desejo lamento e sonho
Amor paradoxo a suprema beleza o verso possível desafia
existo enquanto palavra feito objeto verbal em estado puro
e ausente translúcido resisto imune

Um comentário:

.. disse...

Na poesia de Welton,encontramos os mais vastos elementos perdidos do ser,que hoje busca a si mesmo como sempre o fez...mas hoje,essa busca é outra,é ao inverso,náo é a busca de uma essncia ou ainda de uma extra-essência,mas de sinal que está este ser,vivo...
Em Necrose da Palavra,Welton nos experimenta com argumentos que não ousamos mais usufruir...por medo...por angústia...por ignorância...
E assim,vai o homem,ser do seu ser,o mais perfeito dos imperfeitos,cheio de culpa pelo que fez,que faz e que fará...
E não há como desvendar tais mistérios,pois eles não existem...